No centro da tela, uma espécie de estrela assimétrica com inúmeras pontas se estende como uma explosão vibrante e desordenada. Suas cores saturadas — amarelos radiantes, vermelhos pulsantes, azuis elétricos — parecem saltar da tela, criando uma energia quase tátil. 
 
Assimétrica e caótica, a estrela lembra os balões de impacto dos quadrinhos, como se congelasse no instante exato de um impacto ou revelação. A influência de Roy Lichtenstein é evidente nas proporções, composições e na estética gráfica que dialoga com o universo das histórias em quadrinhos. As estrelas, pintadas à mão, são desenhadas de forma randômica, promovendo constantemente um formato diferente em cada tela pintada. 
 
O Quadro Estrelo indaga a ideia de harmonia tradicional e abraça a beleza do imprevisível. Cada ponta da estrela parece apontar em direções opostas, como se estivesse em constante movimento, rompendo os limites da tela.
 
A obra capta o espírito de uma energia latente, um momento de ruptura ou descoberta, onde o caos e a cor se unem para criar algo maior que a soma de suas partes. É uma celebração da imperfeição como força criativa e do pop art como veículo de transformação visual.